quarta-feira, 17 de agosto de 2011

EU VOU, EU VOU, PRA NACALA AGORA EU VOU...

Livre, ainda tinha que pegar o carro pra Nacala que fica mais ou menos a 200 km de Nampula. O motorista, um muçulmano, tratou de me falar sobre as tradições locais e durante todo o trajeto vi várias mesquitas (estão no período do Ramadã e diferente de outros locais da África, aqui não há mutilação feminina – fiquei menos apreensiva com isso, pois imaginei que essa seria uma grande dificuldade de exercitar um olhar antropológico).
A vegetação parece muito a do sertão do Brasil e miséria é miséria em qualquer canto, já cantava os Titãs. Um pôr-do-sol com uma imensa bola vermelha rasgando o céu, muito lindo... Por outro lado, na estrada, as mulheres carregando seus filhos, um feixe de lenha e roupa na cabeça e “os bonitão” dos maridos andando atrás sem levar nada... Nunca mais reclamo de ter nascido no Brasil!
Tenho certeza que Teo a essa hora deve estar rindo de mim!!! E falando: Toma Gabiru!!! 
Só pensava em uma coisa: QUERO CHEGAR LOGO, TOMAR BANHO E DORMIR...
Quem disse? Fui levada direto para o trabalho, onde fui apresentada a todo mundo que só agora sei o nome. Fizeram um adiantado do que estava acontecendo e eu pensando: “Meu Deus, eu não sei nem meu nome”... Acho que não causei uma boa primeira impressão, parecia um bicho do mato!

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